Introdução

As revistas Época[1] e Veja[2] publicaram, em 2005, artigos sobre a Igreja da Cientologia, um grupo religioso de auto-ajuda que tem atraído vários famosos de Hollywood, entre eles Tom Cruise, John Travolta e Juliette Lewis, o cantor de soul Isaac Hayes e Lisa Marie Presley, filha de Elvis Presley.  As reportagens de Época e Veja são oportunas, pois se trata de um grupo que já exportou suas doutrinas para 150 países do mundo.

Esta palestra pretende demonstrar em que a Cientologia difere das doutrinas básicas do cristianismo e oferecer uma alternativa, com base na fé cristã, aos que estão em busca de salvação,  paz e significado na vida.

A cientologia foi fundada por Lafayette Ron Hubbard, nascido em 1911 e falecido em 1986. Nascido em Tilden, Nebraska (EUA), Hubbard passou a maior parte da infância em Helena, Montana. Estudou na Universidade George Washington e, de acordo com suas publicações, graduou-se com mérito em engenharia civil. Entretanto, os registros da universidade indicam que ele frequentou a escola somente por dois anos e que no segundo ano foi reprovado em física e submetido ao conselho acadêmico.(p.94)

Hubbard foi escritor de livros baratos de ficção científica e de aconselhamentos que promovem os poderes da mente humana. Em 1950, publicou seu livro mais conhecido intitulado A Dianética: ciência moderna da saúde mental, o qual se tornou o texto principal do seu movimento religioso, iniciado em 1955. Hubbard pregava que o ser humano é imortal, mas precisa “limpar sua mente” dos traumas que viveu nesta e em outras encarnações se quiser se desenvolver mentalmente.

Na segunda parte da década de 70, Hubbard desapareceu da vista do público e da própria família e passou a viver em reclusão. Algumas fontes sugerem que se encontrava na Califórnia. Em 1982, seu filho Ronald DeWolf entrou com uma petição num tribunal da Califórnia, para ser nomeado procurador dos bens do pai, ao alegar que ele morrera. O tribunal descobriu, porém, que Hubbard ainda estava vivo. DeWolf era um dos cinco filhos e mudara seu nome para denunciar o pai, ao afirmar que ele era “um dos maiores trapaceiros do século”. L. Ron Hubbard morreu em 1986. Durante seus últimos anos de vida ele se tornara um verdadeiro eremita. Entretanto, deixou para trás um movimento que em 1985 orgulhava-se de ter aproximadamente três milhões de membros. Atualmente, a seita é liderada pelo Rev. Heber Jentzsch (1935-) e David Miscavige (1960-) e afirma ter mais de dez milhões de adeptos no mundo.

Como a Igreja da Unificação do reverendo Moon e Meditação Transcendental, a Cientologia reorganizou-se e reagrupou-se, a fim de propagar com sucesso suas preposições religioso/filosóficas com um formato secular. Além da educação, a organização envolve-se também com saúde, negócios, entretenimento e publicação de livros.

Uma técnica de recrutamento usada com freqüência na Cientologia consiste em perguntar às pessoas nas ruas se gostariam de fazer um teste de personalidade grátis. As respostas são colocadas num gráfico e os resultados são mostrados ao voluntário. Na maioria das vezes, os testes mostram a presença de engramas dentro da mente reativa das pessoas. Entretanto, tal comprovante de personalidade é a única parte gratuita do processo. De acordo com as últimas pesquisas, o custo para se passar por um processo de limpeza não é menos de 2,5 mil dólares. Depois de alcançar o estado de limpeza, o iniciante precisa participar de cursos com nomes do tipo “Certeza de Limpeza”. Este, com cinco horas de duração, custa 2,8 mil dólares. Nesse estágio, o limpo é capaz de passar para cursos mais avançados, para tornar-se um OT (Operador Tetã). Existem nove estágios de OT. O custo para quem deseja realiza-los é de mais de 80 mil dólares.

De acordo com Época, a Igreja da Cientologia é “alvo de centenas de denúncias e condenações judiciais por delitos que vão de fraude fiscal a chantagem. Por essa razão, a estratégia de expansão do grupo mira agora os países em desenvolvimento, onde há menos informação sobre as denúncias contra a seita e muita gente não fala inglês, pois não entendem os sites com acusações contra os cientologistas. Na Indonésia e na Gâmbia, por exemplo, os princípios da religião já são aplicados nos sistemas carcerário e educacional. Da Venezuela, saem missionários para os países vizinhos da América do Sul. O mercado mais cobiçado pela cientologia, no entanto, é o Brasil”. O movimento já possui duas missões na capital paulista e uma em Jundiaí, no interior do Estado. De gente famosa no Brasil, apenas Mônica Buonfiglio, escritora esotérica,  aderiu ao culto. No Brasil, o número de féis não passa de 200.

Época informou também que a cientologia chegou ao Brasil em 1994, através de Lucia Winther, sua principal líder e porta-voz no país. A editora Ponte publica os livros do movimento. Segundo a revista, Lucia coordena as atividades do grupo e organiza as palestras, como as do venezuelano Augustín Pinto, que esteve em dezembro de 2004 em São Paulo. Nesses encontros, o grupo se apresenta sob o nome de dianética, uma terapia que levaria os participantes à “iluminação espiritual”. Nesse encontro, realizado na cidade de São Paulo, e que durou duas horas, Pinto só mencionou a palavra cientologia nos últimos minutos da palestra.  Muitos dos participantes não sabiam que se tratava de uma religião.

Veja resumiu assim o mito da criação, segundo o fundador da Igreja da Cientologia: “Há 75 milhões de anos, dezenas de planetas se reuniam numa espécie de ‘confederação das galáxias’, governada por um líder maligno, Xenu. Para sanar o problema do superpovoamento nesses planetas, Xenu teria segregado bilhões de seus habitantes na terra. Eles foram mortos com bombas de hidrogênio e seus espíritos – os ‘thetans’ – passaram a vagar pelo planeta. Depois disso, os thetans foram submetidos a um processo que os tornou inaptos a tomar decisões. Cada habitante da Terra atual seria uma reencarnação desses espíritos. Com seus infindáveis – e caríssimos – cursos de aperfeiçoamento, a cientologia promete aos adeptos a possibilidade de despertar seus poderes espirituais adormecidos, por meio da desintoxicação física e de exercícios mentais”. [3]

De acordo com o artigo, Hubbard afirmava que todo o mal que acontece na vida do ser humano fica arquivado na mente reativa e se torna uma fonte de stress, ansiedade, depressão, agressividade e pessimismo.  Para resolver tais problemas, a cientologia sugere o uso do eletropsicômetro ou e-meter, um aparelho que mede o nível de stress, usando uma tecnologia parecida com aquela dos detectores de mentiras. As pessoas são abordadas em lugares públicos e uma vez verificado o stress, encorajadas a passar por uma desintoxicação química do corpo. Para evoluir, o adepto tem de fazer muitos cursos que chegam a custar milhares de dólares. A igreja ameaça com processo quem divulgar o conteúdo dos cursos, pois conhecer tais “revelações” de forma errada pode levar à morte por pneumonia.[4] Os incautos que se cuidem!

A cientologia já produziu vários dissidentes. Um deles, Arnaldo Lerma, mantém um site chamado Exposing the Con (Expondo a trapaça) no endereço www.lermanet.com. Lerma foi processado por divulgar na rede escritos “sagrados” pelos quais a seita costuma cobrar uma fortuna. Lerma descreve o que classifica como manipulações e tentativas de extorsão dos seguidores do culto durante os processos de “audição”. Segundo seus próprios relatos e de outros ex-cientologistas, os “auditores” buscariam arrancar segredos dos fiéis durante o processo para chantageá-los. Segundo Época, a cientologia está envolvida em disputas judiciais em quase todos os 40 países em que está presente.

John Ankerberg e John Weldon informam que através de um conselheiro (chamado auditor), a cientologia oferece um método para resolver os problemas da humanidade. Os auditores “localizam” e “resolvem” os “engramas”, que são experiências traumáticas passadas que dificultam a verdadeira iluminação espiritual. A cientologia afirma que pode, eventualmente, libertar o espírito humano de sua escravidão ao mundo material. [5]

Jean-François Mayer comenta:

O objetivo da Cientologia não é obter o “perdão dos pecados”, mas chegar a apagar os “engramas”; ela não insiste tanto em cerimônias (embora tenha serviços religiosos para os casamentos, funerais etc), mas, preferentemente, no que se poderia chamar de “ritos tecnológicos”; a meta definitiva para a humanidade não é a “salvação”, mas a “sobrevida” (não somente num sentido biológico) etc. [6]

Algumas doutrinas básicas da Cientologia

Deus – O Universo contém muitos deuses e existem divindades até mesmo acima deles.

O cristianismo, por outro lado, é estritamente monoteísta (Êx 20.3; Dt 6.4; Is 44.6). A Igreja sempre confessou “um Deus, o Pai Todo-poderoso” (Credo Niceno), o qual se manifesta em três pessoas – Pai, Filho e Espírito Santo.

Jesus Cristo – “Nem o Senhor Buda e nem Jesus Cristo eram OT (Operadores Tetãs do nível mais elevado), de acordo com as evidências. Eram apenas uma sombra limpa acima.”

Neste ponto a Cientologia enquadra-se num padrão previsível junto com outros grupos orientais que demonstram alta consideração por Jesus como um avatar, mas negam seu lugar exclusivo como Rei dos reis, Senhor dos senhores, como “próprio Deus, unigênito, não criado, tendo a mesma substância que o Pai, por quem todas as coisas foram feitas” (Credo Niceno). Numerosas passagens das Escrituras refletem a Cristologia da Igreja, tais como João 1.1-18; Colossenses 1.15-17; 1 Timóteo 3.16 e Hebreus 1.13.

A Cientologia relega a cruz como um símbolo antigo introduzido por “preclaros um milhão de anos atrás”. Apesar disso, ela é um símbolo fundamental para a Igreja, que não pode ser desprezada na tradição bíblica (At 2.14-36; 3.11-26; 1 Co 2.2). (p.95)

Pecado – Não existe nada como pecado ou mal.

Inferno – Inferno é uma invenção e um mito; é uma fraude cruel, perpetuada pelos miseráveis, para que outros sejam tão miseráveis quanto eles.

Salvação – Liberdade do ciclo de renascimentos; neste ponto pode-se ver claramente como a Cientologia adota os conceitos do hinduísmo sobre a reencarnação. Todas as crenças religiosas são caminhos que conduzem à salvação. (p.96)

Céu – Não há céu no sentido em que a Bíblia o define. Entretanto, ele existe na forma de incorporação de um estado deificado ao qual a humanidade pode retornar. [7]

Resposta bíblica

A Bíblia Sagrada proclama, enfaticamente, a singularidade de Jesus Cristo como Senhor e salvador. Sua vida, morte de cruz e ressurreição física dentre os mortos são o fundamento da fé cristã e garantia da vida eterna após a morte física de toda a pessoa que nele crê. Embora as palestras da cientologia tentem levar os seus participantes à “iluminação espiritual”, o evangelho de João apresenta Jesus Cristo como “a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem” (João 1.9). O próprio Jesus declarou: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (João 8.12).

Quando a cientologia propõe libertar o espírito humano da escravidão ao mundo material, ela entra em contradição com a Palavra de Deus. A verdadeira liberdade só pode ser encontrada em Jesus, como atestam suas palavras: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará… Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8.32, 36). O único caminho para a iluminação espiritual e para a salvação da alma é Jesus. São suas estas palavras: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6). Observe que Jesus não disse ser um caminho (artigo indefinido), mas o caminho (artigo definido); portanto, o único.

A crença na reencarnação ou em vidas passadas contradiz a doutrina da salvação em Cristo apresentada na Bíblia Sagrada. É impossível conciliar a reencarnação com a expiação de Cristo na cruz em favor do pecador. A Palavra de Deus declara que o ser humano só pode ser purificado dos seus pecados através do sangue de Jesus e não através da reencarnação: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1João 1.7). Veja ainda: “E da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, O Primogênito dos mortos, e o Soberano dos reis da terra. Aquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados” (Apocalipse 1.4, 5). Na sua visão apocalíptica, João viu uma grande multidão diante do trono de Deus, de todas as tribos, e línguas, e povos, e nações que havia sido purificada no sangue do Cordeiro (Jesus). Isso está em Apocalipse 7.9–14.

De acordo com o comentário no livro de Jean–François Mayer, a cientologia não tem por objetivo obter o perdão dos pecados, mas apagar as “engramas” e nem tem por meta a salvação, mas a sobrevida. Ora, tudo isso contradiz também a Bíblia Sagrada. Ao anunciar o nascimento de Jesus, o anjo declarou: “E lhe porás o nome Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mateus 1.21). Paulo escreveu aos romanos sobre o objetivo do evangelho: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê…” (Romanos 1.16). Portanto, o perdão dos pecados e a salvação eterna são temas centrais dos ensinos de Jesus. Aliás, esse é o desejo de Deus: que todas as pessoas sejam salvas e cheguem ao pleno conhecimento da verdade (1Timóteo 2.4).

O apóstolo Paulo escreveu que a graça de Deus (Jesus) se manifestou trazendo salvação a todas as pessoas (Tito 2.11). Paulo acrescenta ainda que Jesus “a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras” (Tito 2.14). É o que Pedro também testemunha: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 3.12).

À luz da Bíblia Sagrada, tudo o que procura substituir a Cristo não tem valor para salvação da alma e deve ser rejeitado. Paulo disse que preferiu abandonar tudo o que fosse necessário para ganhar a Cristo (Filipenses 3.8). Isso, porém, deve ser feito sem imposição. A fé cristã não pode ser forçada sobre uma pessoa ou um povo. Creio na liberdade de crença e a promovo também. Defendo que cada ser humano deve ter ou pode ter a liberdade de escolher a religião que quiser ou não escolher qualquer religião. Jesus nunca forçou as pessoas a seguí-lo ou amá-lo. A Bíblia diz que ele amou o jovem rico, mas, não o impediu de ir embora (Marcos 10.21, 22). Ao chorar sobre a cidade de Jerusalém, Jesus declarou-lhe: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes”! (Mateus 23.37).

Se você está assistindo ou ouvindo esta palestra e ainda não tem um relacionamento com Deus através de Jesus Cristo, se ainda não teve um encontro de salvação com Jesus, busque-o o mais breve possível. Comece pela leitura da Bíblia, principalmente, pelos evangelhos, a fim de conhecer a Cristo, amá-lo e ter nele a vida eterna. Reconheça que é um pecador e que precisa do Salvador. Uma paz muito profunda e duradoura vai tomar conta de você. É o que acontece quando uma pessoa é salva por Jesus. O apóstolo Paulo explicou com as seguintes palavras: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5.1). É pela fé. Não é pelo que vemos, sentimos ou apalpamos. Basta crer. Depois, procure uma igreja Evangélica onde Cristo é anunciado e a Bíblia Sagrada é obedecida. Assim, você crescerá no conhecimento de Deus e da sua Palavra e será feliz para sempre. Que Deus o (a) abençoe!

Glossário

Auditor: Pessoa treinada para administrar o tratamento aos pacientes/estudantes da Cientologia. O objetivo do Auditor é eliminar os engramas da mente reativa, a fim de que a mente analítica funcione sem obstáculos. Quando esse estágio é alcançado, o auditor capacitou o indivíduo a tornar-se limpo. Ele usa um aparelho chamado Medidor-E no processo da terapia. (p.33)

Dianética: Título de um livro e também nome de um método criado por Hubbard, L. Ron empregado na Cientologia para descobrir o passado de uma pessoa. A Dianética descreve quatro ou oito estágios, ou “dinâmicas” da vida: (1) a ânsia pela individualidade; (2) pela sobrevivência sexual e dentro da unidade familiar; (3) pela sobrevivência em grupo fora da família; (4) pela sobrevivência universal como raça humana. (p. 136)

E-metro: Artefato utilizado por um auditor ou praticante da Cientologia, para medir os impulsos elétricos que emanam de um corpo. Os cientologistas alegam que o E-metro ajuda a diagnosticar e remover as forças negativas na vida de um paciente, a fim de preparar o caminho para que ele se torne limpo. (p.146)

Engramas: Eventos negativos que transpiram na vida de um indivíduo são registrados na mente reativa em forma de engramas. Essas forças negativas não estão disponíveis à mente analítica, mas a afetam por meio de imagens mentais que emergem ocasionalmente. (p.146)

Mente Analítica: Uma das duas divisões básicas da mente humana. A mente analítica é responsável pelas funções racionais e de avaliação. (p.288)

Mente Reativa: Uma das duas partes básicas da mente humana. A reativa registra engramas, os quais, mediante a acumulação, são armazenados. Devido ao fato de que esta mente não racionaliza, os engramas são guardados de forma desorganizada, aleatoriamente. O grau e a intensidade de experiências reativas na vida de uma pessoa, registradas nos engramas, determinam o comportamento adverso e a instabilidade mental e emocional. (p.288)

Pré-limpo: Novo convertido que pertence à Cientologia. Os cientólogos procuram dar assistência aos pré-limpos para se submeterem à terapia administrada por um Auditor, de maneira que possa estar limpo. (p.366)

Tetãs: Ancestrais da raça humana, os quais, através da reencarnação, transformaram-se em seres humanos a partir de um estado divino prévio. A Cientologia tenta, por intermédio da terapia, restaurar a mente do paciente a este estado de existência de Tetã.

Considerações finais

 http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades Acesso em 17/07/2012.

Religião pode ser causa do divórcio de Tom Cruise e Katie Holmes. Ambos se casaram em um castelo da Itália em novembro de 2006. Este foi o primeiro casamento de Katie e o terceiro de Cruise, que já foi casado com a atriz Mimi Rogers por três anos e com Nicole Kidman durante 11 anos, com quem teve dois filhos.

Los Angeles (EUA), 29 jun (EFE).- O motivo para o fim do casamento entre Tom Cruise e Katie Holmes pode ter sido a discordância de ambos sobre a cientologia e o temor da atriz de que a filha deles, Suri, se envolvesse demais com a religião, informou nesta sexta-feira o site ‘TMZ’. Katie, ao contrário de Cruise, nunca se comprometeu 100% com a Cientologia e não quer que a filha siga o mesmo caminho do pai.

A atriz, de 33 anos, pediu a custódia legal da filha de seis anos no processo de divórcio – documentos apresentados nesta sexta-feira em Nova York -, especialmente porque, segundo o ‘TMZ’, não deseja que Cruise controle as decisões sobre ela que tenham a ver com a religião.

O processo movido por Katie cita ‘diferenças irreconciliáveis’ para solicitar o divórcio e acabar assim com o casamento de cinco anos. ‘Este é um assunto pessoal e privado de Katie e sua família. A preocupação principal de Katie continua sendo, como sempre foi, o melhor para sua filha’, explicou o advogado dela, Jonathan Wolfe.

.Sobrinha de chefe da cientologia apoia Katie Holmes e diz que culto é abusivo a crianças Jenna Miscavige Hill divulgou comunicado no qual afirma que educação recebida na igreja é ruim e que crianças são forçadas a trabalhar

“Crescer na cientologia é mental e fisicamente abusivo. Eu só podia ver meus pais uma vez por semana e, durante um período, fiquei anos sem vê-los. Nós recebemos uma péssima educação de professores sem qualificação, somos forçados a trabalhar, forçados a nos confessar e a ficamos presos em nossos quartos. É muito improvável que Suri Cruise teria o mesmo tratamento que eu recebi por causa do status de celebridade de seus pais. Mas qualquer organização que é capaz de tratar mal e negligenciar as necessidades de uma criança, e que tem um longo histórico de separar famílias, não é lugar para uma criança. Como mãe, ofereço apoio a Katie e desejo a ela toda a sorte que ela vai precisar para fazer o que é melhor para ela e para sua filha”, escreveu.

[1] RUSSO, Guilherme. De Hollywood para os trópicos. Revista Época, Edição 354, 28/02/2005.

[2] MENAI, Tânia. Crença de outra galáxia. Revista Veja, ano 38, nº. 30, 27 de julho, 2005, p. 114–116.

[3] Ibid.

[4] Ibid.

[5] ANKERBERG, John & WELDON, John. Cults and New Religions. Eugene, Oregon. Harvest House Publishers. 1999. P. 423. Traduzido por mim.

[6] MAYER, Jean-François. Novas seitas. São Paulo. Edições Loyola. 1989, p. 56.

[7] MATHER, George A. & NICHOLS, Larry A. Dicionário de religiões, crenças e ocultismo. São Paulo. Editora Vida. 2000, p. 94-96.

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