Introdução

  Este artigo pretende, de forma bastante suscinta, tratar sobre as relações entre o catolicismo romano e o protestantismo no Brasil. Os temas são por demais abrangentes e as questões que envolvem os dois grupos muito amplas. Escrever sobre o catolicismo com dois mil anos de história e sobre o protestantismo com quase quinhentos  anos de existência no espaço de um artigo é uma missão quase impossível. Por isso, procurou-se aqui mencionar apenas alguns pontos mais salientes que distanciam e aproximam católicos e evangélicos no Brasil.

  A relação entre o catolicismo e o protestantismo em solo brasileiro nunca foi amena. Desde a sua inserção no Brasil, o protestantismo foi hostilizado pelo clero romano. Isael Araújo (2007, p. 634-657) apresenta um relato extenso de tais perseguições, abertas ou veladas contra os chamados crentes, principalmente os pentecostais. Eis alguns exemplos:

Padre proíbe missionário de sepultar seu filho no cemitério da cidade.

Líderes católicos, junto com alguns políticos, prendem pregdores.

Padre manda espancar pregador e queimar sua literatura.

Padre insufla o povo para perseguir os crentes.

Igreja católica proíbe a venda de alimento e fornecimento de água para missionário.

Padre manda a polícia prender os pastores e proibir os cultos.

Soldado crente preso porque se negou a ajoelhar-se durante uma procissão.

Frei Damião proíbe crente de pregar o evangelho e celebra missa para declarar morto o pregador.

Padre invade salão de culto e obriga igreja a mudar de endereço.

Padre convence o povo a matar qualquer protestante que entrar na cidade.

Padre proíbe enterro de não-católicos no cemitério da cidade. Igreja constrói seu próprio cemitério.

Padre manda incendiar templo e crente é batizado no Espírito Santo enquanto jogava água para apagar o fogo.

Bem, a lista é enorme. E os itens trazem os nomes das pessoas, dos locais, as datas e até várias fotos que documentam os fatos. Isso, sem falar aqui sobre a Santa Inquisição, um empreendimento autorizado pelo papa Sixto IV em 1480 para banir as heresias e os hereges do catolicismo romano. Muitos foram perseguidos, mortos e torturados pela sua própria igreja.

É óbvio que o protestantismo também não é totalmente inocente na sua caminhada. É de se lamentar, por exemplo, o chute que um pastor da Universal deu numa estátua de Nossa Senhora Aparecida durante um programa de televisão. Um ato insensato condenado por qualquer evangélico de bom senso.

A condição do Catolicismo Romano no Brasil

Faz tempo que a situação do catolicismo romano no Brasil tem preocupado o Vaticano. Todo ano, durante a década de 1980, mais de 600 mil pessoas deixavam suas fileiras em busca de experiências espirituais nas igrejas evangélicas, principalmente, entre as pentecostais e neopentecostais.[1] No fim de 1991, a revista Veja publicou uma reportagem de capa intitulada A Decadência do Catolicismo no Brasil.[2] De acordo com o artigo, o número de vocações e de fiéis diminuía cada vez mais. Em 1970, havia um padre para 7.114 habitantes. Em 1980, um padre para 9.379 habitantes e em 1990, um padre para 10.591 habitantes. Os números mostram a redução do rebanho católico ao longo das décadas: Em 1872, 99,7 % da população brasileira era católica; em 1890, 98,9 %; em 1940, 95 %; em 1950, 93,5 %; em 1960, 93,1; em 1970, 91,8 %; em 1980, 88,9 %; em 1990, 76,2 %. O censo de 2000 apontou uma redução para 73,7%. Em 125 anos, a Igreja Católica brasileira perdeu 26,23 pontos percentuais, não apenas por causa dos evangélicos, mas também com a expansão dos sem-religião e de outros grupos religiosos.[3] Essa questão foi debatida na 30a Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em Itaici, no município de Indaiatuba (SP) e um jornal publicou:

Somente 30% das celebrações realizam a consagração, um dos sete sacramentos da Igreja, no qual o pão e o vinho se transubstanciam no corpo e no sangue de Jesus. Em boa parte das comunidades rurais, a eucaristia se tornou um raro acontecimento. Nesses locais, os padres celebram missas a cada três meses. O Brasil tem hoje 14 mil padres católicos e um rebanho estimado em 110 milhões de pessoas. A razão é de um padre para 7.850 fiéis. A escassez de sacerdotes explica, em parte, o fim do aconselhamento pessoal e o enfraquecimento das pastorais familiares.[4]

O clero reunido na 33a Assembléia Geral da CNBB (em maio de 1995), reconhecia que o número de católicos praticantes não passava de 30% do total e houve até quem falasse em 10%, enquanto o crescimento dos grupos evangélicos era estimado em 10% ao ano. Um levantamento feito pela Arquidiocese de São Paulo revelou que a população evangélica na capital paulista poderia ser maioria em 2014, devido à rapidez com que os grupos pentecostais vinham crescendo. A hegemonia católica estava em risco se algo não fosse feito para reverter o quadro. Tanto que o bispo Dom Vital Wilderink opinou:

Nossa maior dificuldade é atingir o homem da cidade. Houve uma revolução cultural no país, com a concentração da população nas grandes cidades, e a Igreja não conseguiu acompanhá-la. A tremenda insegurança individual que vigora nesses aglomerados urbanos leva as pessoas a procurarem coisas para se agarrarem, a usarem quebra-galhos. Muitos acham que as respostas estão nas seitas.[5]

Ricardo Mariano comenta que as religiões secularizadas oferecem menos serviços mágico-religiosos às massas que as religiões mágicas, citando como exemplo a romanização do Brasil. A Igreja Católica passou a perseguir as crenças e práticas mágicas do catolicismo popular, deixando de ser a medianeira de um poder divino eminentemente mágico e taumatúrgico. Mariano diz mais sobre a Igreja Católica:

Ela procedeu desse modo, por exemplo, ao relegar a cura física à medicina, a cura psíquica à psicologia, as terapias seculares à psiquiatria; ao tratar a figura do Diabo, a personificação do Mal para os pentecostais, como simples metáfora; ao interpretar os problemas sociais, políticos e econômicos, que tanto afetam e infernizam a vida da população e, de forma mais acentuada, dos estratos pobres, como meras questões sociais, políticas e econômicas, às quais procura compreender e explicar, tal como qualquer agência secular, baseando-se no instrumental teórico das ciências humanas, da filosofia e em ideologias sindicais e político-partidárias de esquerda e de direita. Com isso, a Igreja Católica perdeu parte de seu poder de produzir e prestar serviços mágico-religiosos para satisfazer os interesses materiais e ideais das massas desafortunadas.[6]

Frear o crescimento dos evangélicos: esse foi o tema do encontro das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), uma vertente do catolicismo que se mobiliza para discutir questões religiosas, políticas e sociais. O evento foi realizado em São Luís, Maranhão, em julho de 1997, com cerca de 4 mil pessoas, entre elas, 50 bispos, que tentaram tratar do assunto com discrição para não caracterizar uma “guerra santa”. A CNBB mostrou-se interessada em desenvolver o crescimento das CEBs para barrar a perda de fiéis para as igrejas evangélicas. Segundo um jornal, as CEBs têm todas as características para fazer frente às novas confissões evangélicas, como a Igreja Universal do Reino de Deus.[7] A revista Manchete comentou que as estimativas mais otimistas apontavam para 30 milhões de evangélicos no Brasil. As realistas ficavam nos 25 milhões. O crescimento dessas igrejas nos últimos 20 anos foi tão extraordinário, que se continuar nesse ritmo levará a América Latina a tornar-se protestante em menos tempo que a Europa levou para tornar-se cristã. O artigo também informou:

Mesmo sem ter feito a opção pelos pobres, os neopentecostais conquistam cada vez mais fiéis, têm deputados eleitos e constituem uma fatia da população que já não pode ser desprezada pelos políticos. Com lideranças autóctones e raízes urbanas, eles sabem aproveitar melhor do que qualquer outra igreja as vantagens do mundo eletrônico. Basta ver a facilidade com que entraram nos meios de comunicação de massas. Hoje, 80% das programações de rádio evangélicas no Brasil estão nas mãos dos neopentecostais. Foram eles, inclusive, que, através de escândalos ou não, deram visibilidade à igreja evangélica. Desligados das instituições, seus líderes são personalistas, competentes no aspecto da comunicação e sabem investir profundamente no sentimento e no sobrenatural. O homem pós-moderno não é religioso, mas emocional. As pessoas estão, em sua maioria, arrebentadas afetivamente. Portanto, ai da igreja que não atender a uma demanda afetiva dessa. [8]

Várias autoridades católicas eram unânimes em reconhecer que algo não estava bem, que a mensagem da Igreja Católica estava caindo em ouvidos moucos e que alguma coisa precisava acontecer ou mudar. Alguns, como o padre José Oscar Beozzo, presidente da Cehila (Comissão de Estudos de História da Igreja na América Latina), começaram a perceber que, ao se preocupar com os problemas políticos e sociais da América Latina nos últimos 50 anos, a Igreja perdeu espaço para outras correntes religiosas, principalmente, evangélicas e orientais. De acordo com Beozzo, houve uma busca maior por valores religiosos, à qual a igreja institucionalizada não soube apresentar uma resposta.[9]

A reação católica

Impulsionado pela pentecostalização de uma boa parte de seus fiéis, o fervor católico foi, aos poucos, tomando fôlego, Esse fenômeno passou a ser conhecido como a Renovação Carismática Católica. Em 1988, já estava em torno de 500 mil o número de fiéis que passaram a assistir, todo domingo, o programa Anunciamos Jesus, transmitido pela Rede Bandeirantes e apresentado pelo padre jesuíta americano Edward Dougherty. Naquela época, os carismáticos já passavam de 2 milhões, mantendo grupos de oração em todo o Brasil.[10] Com as bênçãos do Vaticano, a Renovação Carismática  tornou-se um instrumento eficiente para, pelo menos, reduzir o êxodo de católicos para as Igrejas pentecostais, passando a imitar também os seus métodos e práticas, como descreve uma reportagem:

Para expressar sua fé e angariar mais fiéis, os carismáticos cantam, batem palmas, ensaiam tímidos movimentos corporais e chegam a se comportar como verdadeiras torcidas entoando o refrão “Ei, ei, ei, Cristo é nosso rei”. Cultuam o misticismo das curas milagrosas e, em alguns casos, do exorcismo, que misturam a uma espécie de catolicismo de resultados, em que vale lotar estádios, disputar espaço nas redes de rádio e televisão e mesmo eleger seus representantes para postos políticos.[11]

Reginaldo Prandi observou que a busca de solução religiosa e mágico-religiosa no Brasil é muito presente, pois males de todos os tipos são levados aos templos evangélicos, aos terreiros afro-brasileiros, aos tradicionais centros católicos de peregrinação, aos centros kardecistas e às igrejas orientais. Para Prandi, a Renovação Carismática colocou a cura de todos os males ao alcance de qualquer católico. Não é mais preciso deixar o catolicismo para solucionar os problemas da vida, segundo constatou o autor:

Não há grande distinção entre os problemas que são levados à Renovação Carismática ou às igrejas pentecostais de cura divina. A convivência da pesquisa com carismáticos e pentecostais, assistindo aos seus cultos, entrevistando-os, foi deixando claro que ambos trabalhavam com interesses, problemas e necessidades muito semelhantes, quando não iguais. Ricos, pobres, católicos carismáticos, pentecostais, homens, mulheres… todos procuravam assistência espiritual e material: paz, melhoria nos relacionamentos pessoais e nos problemas de adaptação e identidade, curas de males físicos e mentais, melhorias financeiras etc.[12]

Uma das primeiras boas notícias foi o aumento de vocações nas igrejas. A partir de 1973, o número de candidatos ao sacerdócio começou a reduzir sensivelmente e atingiu o seu clímax em 1979. O Anuário Estatístico da Igreja, divulgado pela Santa Sé, relata que depois dessa data o número voltou a crescer e em 1985 já havia um total de 85.084 seminaristas, 33,4% a mais que em 1973, quando havia 63.795.[13] Já o Anuário Estatístico da Igreja, de 1994, mostrou que a Igreja havia crescido em todo o mundo, deixando para trás a crise de vocações dos anos 70. O relatório revelou que o número de candidatos ao sacerdócio havia triplicado.[14]

O perfil dos novos padres também mudou. Eles estão mais interessados nas questões espirituais do que nas sociais, alinhados com o Vaticano que já vinha combatendo, com veemência, a Teologia da Libertação, um segmento católico interessado em libertar os pobres das injustiças sociais. Para alcançar os seus objetivos, A TL se valeu muito das CEBs, cuja atuação foi mais intensa nos anos 70 e 80. [15]  A Teologia da Libertação teve em Leonardo Boff e Frei Beto, seus defensores mais notáveis no Brasil.

Em 1992, a Igreja Católica anunciou a criação de uma rede nacional de rádio para conter o crescimento das seitas. Com a aquisição  de um canal exclusivo do satélite Brasilsat da Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel), comprado pela Fundação Nossa Senhora Aparecida, a Igreja esperava reunir 138 emissoras espalhadas pelo país. O passo seguinte seria o lançamento da primeira emissora de televisão católica do País, embrião de uma futura rede nacional, também interligada por satélite. As redes de rádio e TV católicas deverão servir para tentar conter o avanço das seitas pentecostais, de acordo com religiosos que assessoram a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).[16] Existem hoje três redes de televisão católica no Brasil – a Rede Vida, a Canção Nova, a Século 21 e uma quarta em processo embrionário. A Rede Vida já alcança 100% do território nacional. [17]

Em 2003, a Igreja Católica deu um passo ousado na disputa por fiéis, chegando primeiro do que os evangélicos na indústria cinematográfica. Trata-se do filme Maria, Mãe do Filho de Deus, estrelado pelo padre Marcelo Rossi e outros famosos da Rede Globo. O filme foi orçado em 6,8 milhões de reais, uma das produções mais caras do país. Os produtores esperam atrair 2,5 milhões de espectadores aos cinemas.[18]  Para Ari Oro, a Igreja Católica foi a mais atingida e a mais ameaçada na sua hegemonia histórica com o crescimento dos novos crentes. Cabe-lhe agora arregaçar as mangas e tentar, em primeiro lugar, conter a debandada de seus fiéis para as fileiras evangélicas e, em segundo lugar, e se possível, fazer retornar ao antigo aprisco as “ovelhas desgarradas”. [19]

Essa disputa está longe de terminar. Ao contrário, sua tendência é aumentar cada vez mais, alimentada pela tirania do mercado, pelas pressões financeiras dessas instituições, que exige um marketing cada vez mais arrojado na busca por novos adeptos. O uso da mídia exige grandes somas em dinheiro e para se levantar os recursos é preciso um número cada maior de seguidores. Deles, e de um número muito grande deles, depende o sucesso de qualquer empreendimento religioso na sociedade atual.

DESAFIOS

Não se pode negar a importância dos papas ao longo da história, principalmente nas últimas décadas. A influência do papado transcende os limites do catolicismo romano e atinge quase todas as esferas da sociedade. Com o avanço na tecnologia da área da informação, a figura do papa ganhou uma visibilidade e importância ainda maior.

Um dos papas mais notáveis do século XX foi João XXIII, protagonista do Concílio Vaticano II, realizado na década de 1960. João Paulo II destacou-se muito por ter exercido um pontificado longo e numa época de grandes transformações no mundo. Sua contribuição parra o desmoronamento do bloco soviéttico nãp pode ser negado.

Eleito como o 265o papa em 19 de abril de 2005, Bento XVI causou perplexidade comoção ao anunciar a sua renúncia em 11 de fevereiro de 2013 na sala do Consistório do Palácio Apostólico do Vaticano. Bento XVI alegou problemas de saúde para justificar a renúncia. Entretanto, o Vaticano vem sendo objeto de investigações e supeitas nos últimos anos.

O sucessor de Bento XVI quebrou paradígmas. Pela primeira vez, os cardeais elegeram um papa de fora da Europa. O argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, arcebispo de Buenos Aires, foi eleito o 266o papa com o nome de Francisco, no dia 13 de março de 2013, após cinco votações em dois dias de conclave no Vaticano.

Nascido no dia 17 de dezembro de 1936, começou seus estudos para ser padre ao ingressar na Ordem dos Jesuítas (companhia de Jesus) em 1957. Foi ordenado padre Jesuíta em 1969. Foi ordenado bispo de Auca em 1992. Em 1998 foi ordenado arcebispo de Bueno Aires. Em 2001 foi nomeado cardeal pelo papa João Paulo II. O papa Francisco chega ao Brasil como líder de uma igreja sob forte desconfiança de muitas pessoas que pertencem ou não ao seu rebanho e com vários desafios pela frente:

  1. Estancar a perda de fiéis para outros grupos religiosos, principalmente para os pentecostais. As pesquisas do censo de 2010 do IBGE revelam que população católica vem diminuindo e os evangélicos aumentando no Brasil. O número de católicos em 2000 era de 124.976.912 (73,6%). Caíram para 123.280.173 fiéis em 2010 (64,6%), o que indica uma queda de 1,4%. Os evangélicos eram 26.166.930 (15,4%) em 2000 e passaram para   42.275.437 (22,2% da população) em 2010, o que indica um rescimento de  61,45%. Todas as visitas papais já realizadas no país não conseguiram reverter esse quadro.
  2. O catolicismo tem uma dificuldade enorme de adaptar a sua mensagem às transformações sociais impostas dpela pós-modernidade. Ela ainda combate o controle de natalidade por meios artificiais e não abre espaço para as pessoas que se divorciaram.
  3. Escândalos. A mídia está abarrotada de informações sobre a prática da pedofilia que envolveu muitos do clero em diferentes partes do mundo, além dos desvios de dinheiro do Banco do Vaticano. Grande parte dessas denúncias se confirmou e tem custado muito aos cofres da igreja fazer acordos nos tribunais e indenizar as vítimas. Essa repercussão negativa se intenficou com a renúncia de Bento XVI em fevereiro de 2013. O catolicismo ainda não convenceu os seus adeptos e os de fora de que já tomou medidas efetivas sobre isso. Há uma expectativa de que o novo papa imponha mudanças a fim de melhorar a imagem da igreja em todo o mundo.
  4. O catolicismo popular. Muito do que se crê entre grande parte dos católicos nada tem a ver com as doutrinas oficiais da igreja e nem com a Bíblia Sagrada. Há uma enorme quantidade de católicos aberta para todo o tipo de crenças, superstições e crendices. Embora esse seja também uma constante entre muitos redutos evangélicos, principalmente dentro dos pentecostalismos, muitos católicos não tem dificuldade de crer em reencarnação, numa imagem de Nossa Senhora que aparece na vidraça de uma casa como aconteceu em Mogi das Cruzes, participam de reuniões no espiritismo, na Seicho-No-Ie, nos terreiros de cultos afros, além de abraçar muitas formas de simpatias e superstições. Não faz muito tempo, o vaticano resolveu institucionalizar uma dessas formas através das pílulas do Frei Galvão. Segundo Ivo Pedro Oro, “o centro do Catolicismo popular era devoção aos santos… Assim, a imagem do santo era a base do Catolicismo popular. Mais do que religação com Deus, a religião era relação entre devoto e seu santo ou santa… Acreditava-se que o santo ajuda ajuda aqui na terra, mas também nos prepara um lugar no céu. Deus é o dono da terra, mas deixou-nos os santos para aqui nos portegerrem” (ORO, 2013, p. 122, 123).

DIVERGÊNCIAS

São muitas as doutrinas e as práticas que separam os evangélicos dos católicos. Essa separação tornou-se acentuada com a Reforma Protestante promovida por Martinho Lutero na Alemanha, em 1517. Foi a redescoberta da graça de Deus. Com base em Romanos 1.17, “o justo viverá da fé”, Lutero enfatizou a justificação pela fé, isto é, que a salvação independe da prática de boas obras (Efésios 2.8, 9) e anunciou a sua posição: Só a Escritura; só a fé; só Cristo e só a graça. A reforma ainda enfatizou o sacerdócio universal de todos os crentes.

Ao longo dos séculos, o catolicismo foi introduzindo novas práticas e novas doutrinas que acentuam a separação do protestantismo tais como: a Assunção de Maria, o purgatório, a doutrina da transubstanciação, oração pelos mortos, o acréscimo de vários livros e textos no Antigo Testamento da Bíblia, a confissão auricular, o sacrifício da missa, a venda de indulgências, o celibato sacerdotal, o culto às imagens e a canonização dos santos, pra citar algumas.

Segundo Alderi Souza de Matos (2005, p. 33-46), os protestantes não consideram o papado uma instituição divina, mas algo que resultou de um longo e complexo processo histórico. Embora Jesus tenha dito a Pedro “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mateus 16.18), isso não significa que Pedro seria o chefe universal da igreja. Os primeiros cristãos não interpretaram dessa forma essa declaração de Jesus. Em 1Pedro 5.1, o apóstolo se apresenta como um presbítero entre os demais .

Matos acrescenta ainda (Ibid, p.34) que é difícil estabelecer uma relação inequívoca entre Pedro e os bispos de Roma. Os historiadores não encontram uma base absolutamente segura para afirmar que Pedro sequer tenha estado em Roma, quanto mais para afirmar que ele tenha sido o primeiro bispo daquela igreja. Ademais, é um fato bem estabelecido que não houve episcopado monárquico no primeiro século, no âmbito do cristianismo. As igrejas eram governadas por colegiados de bispos ou presbíteros (ver Atos 20.17 e 28; Tito 1.5 e 7).

Ao comentar sobre esse tema, Eduardo Hoonaert indaga: “Será que Pedro efetivamente esteve em Roma”? E, se esteve, foi na qualidade de chefe da Igreja? E diz mais:

O bispo Eusébio de Cesaréia (que citei antes) escreveu, no segundo livro de sua História Eclesiástica (14, 6), que Pedro viajou a Roma no início do reinado de Cláudio, ou seja, por volta do ano 44. Quando comparamos essa informação (proveniente do século IV) com os escritos do Novo Testamento (do século I), chagamos a um impasse. Nos Atos dos apóstolos (12, 17) está escrito que Pedro, em 43, saiu de Jerusalém e “foi para outro lugar”, sem especificar qual seria. Os mesmos Atos revelam que Pedro está em Jerusalém no ano 49, por ocasião da visita de Paulo. Não se informa por onde Pedro andou entre 43 e 49. O mais provável é que ele tenha ido à Samaria como exorcista, pois os Atos relatam sua disputa com o exorcista Simão Mago (citado antes), que na época atuava em Samaria. Enfim, as datas propostas por Eusébio não combinam com o que os Atos  dos apóstolos relatam.

Hoje reina entre os historiadores uma grande desconfiança sobre Eusébio de Cesaréia, pelo fato de que este se mostrava totalmente envolvido no projeto imperial de Constantino, que consistia no enquadramento do crisstianismo denttro da organização sacerdotal do Império Romano. Para fundamentar essa política, Eusébio redigiu, nos capítulos 4 a 7 de sua História Eclesiástica, lista de sucessivos bispos para as principais cidades do Império Romano. Os historiadores estão de acordo, hoje, em afirmar que ele inventou muitos nomes de bispos, para preencher sua lista. Assim, ele escreve, por exemplo, que Clemente foi “o terceiro bispo de Roma, depois de Lino e Anacleto. Conhecemos Clemente Romano por suas cartas, mas nada sabemos de Lino e Anacleto. Ninguém sabe de onde Eusébio tirou esses nomes, trezentos anos após os acontecimentos. O bispo de Cesaréia projeta a imagem da Igreja no século IV sobre o passado e nisso comete um anacronismo (erro recorrente na historiografia). É dele a ideia de se aplicar ao movimento cristão a estrutura das dioceses, reparticições territoriais típicas da administração romana.

Concluindo, podemos dizer que não há base histórica segura para a afirmação de que Pedro tenha estado em Roma. Com isso, cai por terra um dos principais fundamentos do que se cotuma dizer a respeito do papado. Mas, já que a crença de Pedro em Roma se enraizou profundamente na mente dos católicos, o papa Pio XII mandou, em 1956, executar escavações num cemitério antigo, descoberto sob uma garagem em construção no Vaticano. Nesse cemitério estavam enterradas pessoas pobres, escravos e libertosaté os séculos IV e V. O papa espereou encontrar aí sinais do túmulo de Pedro, mas as obras foram suspensas por falta de evidências (PASSOS & SOARES, 2013, p. 148-150).

            É interessante observar que mesmo autores católicos como os citados acima reconhecem a impossiblidade de Pedro ter sido o primeiro bispo de Roma ou o primeiro papa.  Além disso, os quatro evangelhos não mostram que algum apóstolo tenha ocupado uma posição de supremacia sobre os demais. Todas as informações sobre Pedro no Novo Testamento (NT) não indicam que Pedro tenha exercido tal autoridade na igreja primitiva.  Em Lucas 22.24-30, os discípulos estavam precupados sobre quem deles seria o maior? Ora, se Pedro tivesse a supremacia entre eles, não haveria possibilidade de tal questionamento.

É interessante observar também que Pedro tem um papel importante nos primeiros 12 capítulos de Atos. Por outro lado, Paulo se destaca nos capítulos 13-28. Isso seria impossível se Pedro fosse o papa. Em 1Co 12.28, Paulo faz uma lista dos cargos na igreja: apóstolos, profetas, mestres, os que realizam milagres, so que têm dons de curar, os que prestam ajuda e os que administram. Não há qualquer menção de papa.

Pedro nào era infalível e falhou muitas vezes a ponto de receber uma repreensão de Paulo em Gálatas 2.11-14. Ora, se fosse Pedro o líder absoluto, Paulo não teria tido autoridade ou ousadia para repreendê-lo.

Outro fato importante é que o apóstolo Paulo, no último capítulo de sua Carta aos Romanos, escrita por volta do ano 57 d.C., envia saudações, nominalmente, a vários irmãos. É incompreensível Paulo não mencionar o nome de Pedro se ele estivesse em Roma já por volta do ano 42 d.C. como afirmam os católicos romanos.

Maria

O culto a Maria, da forma como é promovido no catolicismo romano, acentua a divergência doutrinária com os evangélicos. Sem dúvida que Maria ocupa um espaço considerável dentro da Igreja Católica Romana em todo o mundo. No Brasil, sua influência ultrapassa os limites do Catolicismo Romano, chegando aos cultos afros e ao Santo Daime. O governo brasileiro declarou o dia 12 de outubro feriado nacional em honra de Nossa Senhora Aparecida, um dos títulos de Maria. O seu centro de adoração está em Aparecida do Norte, no vale do Paraíba, interior do Estado de São Paulo, onde a Igreja Católica construiu uma grande basílica para o seu culto.

            Para os evangélicos existe uma grande diferença entre a Maria das Escrituras Sagradas da Maria do Catolicismo Romano, venerada com diferentes nomes, atribuições e funções que o catolicismo oficial e popular lhe conferem. Ali ela é transformada, de uma humilde serva de Deus em rainha do céu. A Maria da Bíblia, a mãe do Senhor,  foi uma mulher humilde e cheia da graça de Deus. Maria é para nós exemplo de fé, de humildade e submissão a Deus. Seremos sempre gratos a Deus pela vida dessa mulher extraordinária que gerou no seu ventre e deu a luz o nosso salvador. Que privilégio!

            Entretanto, várias doutrinas desenvolvidas pelo catolicismo ao longo do tempo sobre Maria não tem base bíblia. Por exemplo, não há qualquer informação bíblica sobre  o a assunção de Maria, isto é, a crença de que Maria morreu, ressuscitou e subiu ao céu de corpo e alma, proclamado como dogma pelo papa Pio XII em 1950, como está no catecismo: “Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste. E para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do universo. A Assunção da Virgem Maria é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos” (C.I.C. p. 273, # 966).

Mesmo o texto de apocalipse 12.1-6 que os vários intérpretes catolicos aplicam a Maria é questionável. Há muitos teólogos que enttender tratar-se ali da nação judaica e não de Maria. As doze estrelas, dizem, pode ser uma referência às doze tribos de Israel, de onde nasceu o Messias, da tribo de Judá. Não há também informação na Bíblia de que Maria tenha fugido e vivido no deserto a fim de proteger o seu filho após dar a luz.

            Outro ponto de discordância emn relação a Maria é a posição que lhe foi dada por Roma como medianeira entre Deus e os homens. E, de novo, o catecismo: “Por isso, a bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora, protetora, medianeira” (C.I.C. p. 274, # 969). Os evanglélicos se valem de 1Timóteo 2.5 para refutar tal ideia: “Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus”.

            A crença de que Maria e os santos que foram canonizados através dos séculos podem interceder pelos humanos não encontra respaldo na Bíblia. Em breve Roma fará a canonização de João XXIII e João Paulo II. Nenhum escritor do Novo Testamento sugeriu que os crentes da igreja primitiva buscassem a intercessão dos heróis do antigo Testamento. E olha que eles já tinham grandes exemplos de fé e gigantismo espiritual. Basta ler Hebreus 11 para verificar isso. Ninguém ensinou que num momento de perigo na água se invocasse Moisés, pois ele foi salvo das águas. Se o perigo fosse o fogo, que se invocassem os amigos de Daniel que escaparam ilesos da fornalha ardente (Daniel 3). Se o perigo fosse guerra, que se invocasse Davi, vitorioso que foi em tantas batalhas, e assim por diante.

            Tenho observado, pessoalmente, sempre que participo de velórios de familliares ou amigos católicos, como ali mesmo, numa missa de corpo presente, o padre já começa a falar com o defunto, pedindo-lhe iluminação por causa da liuz que já recebeu. À luz da Bíblia, não é possível concordar com isso.

            As declarações do catolicismo raomano sobre Maria não reflete a verdade do que foi a sua vida e pessoa. Basta verificar a Ladaínha de Nossa Senhora, recheada termos laudatórios que a colocam acima de tudo e de todos. Veja alguns:

Mãe da divina graça, Mãe sempre virgem, Mãe imaculada, Mãe do Criador, Virgem prudentíssima, Virgem venerável, Virgem louvável, Virgem poderosa, Espelho de perfeição, Sede da Sabedoria, Fonte de nossa alegria, Tabernáculo da eterna glória, Torre de Davi, Torre de marfim, Casa de ouro, Arca da aliança, Porta do céu, Estrela da manhã, Saúde dos enfermos, Refúgio dos pecadores, Consoladora dos aflitos, Auxílio dos cristãos, Rainha dos Anjos, Rainha dos Patriarcas, Rainha dos Profetas, Rainha dos Apóstolos, Rainha dos Mártires,  Rainha dos confessores da fé, Rainha das Virgens, Rainha de todos os Santos, Rainha concebida sem pecado original, Rainha assunta ao céu, Rainha do santo Rosário, Rainha da paz.

            Observe ainda as declarações de Santo Afonso de Ligório sobre Maria, extraídas do livro Glórias de Maria, de Santo Afonso de Ligório, Editora Santuário, 2005, 17a edição:

“Ao império de Maria todos estão sujeitos, até o próprio Deus” (p. 152).

“Tornou Maria toda poderosa” (p. 152).

“No dia da sua Assunção esvaziou-se o purgatório” (p. 192).

“Oh! Quantos não estariam agora no céu, se Maria, com sua poderosa intercessão, para ali não os tivesse conduzido” (p. 196).

“Muitos santos acham-se no céu pela intercessão de Maria e sem ela jamais lá estariam” (p. 197).

“Honrai e servi a Virgem Maria, e encontrareis a vida eterna” (p. 198).

“Como poderia o pai deixar desatendido ao Filho, quando este lhe mostra as chagas recebidas por amor aos pecadores? E como poderia o Filho desatender à Mãe, mostrando-lhe esta os seios que o sustentaram?” (p. 209).

Cabe aqui uma pergunta: Maria foi uma mulher humilde ou arrogante ou orgulhosa. Os católicos e os evangélicos responderão, enfaticamente, que Maria foi uma mulher humilde, uma serva de Deus, um termo usado por ela mesma. Não me considero nem um grão de areia se comparado a essa grande mulher e estou muito aquém de suas virtudes. Mesmo assim, eu não aceitaria alguém da comunidade onde sirvo a Deus escrever ou declarar a meu respeito que eu sou o melhor pastor do mundo, o mais inteligente entre os mortais, que eu sou a esperança dos que estão ao meu redor, que eu sou o melhor pregador do mundo e que ninguém conhece a Bíblia mais do que eu. Só uma pessoa psicologicamente doente aceitaria comentários assim. Ora, se eu não aceito algo assim, o que leva alguém a pensar que uma mulher humilde e virtuosa se sentisse feliz ao saber disso. Então, tudo isso não faz sentido para Maria e nem para a fé cristã.

Passei cinco anos de minha vida num seminário católico preprando-me para ser padre. Fui verbita (SVD – Sociedade do Verbo Divino) e extremamente devoto de Nossa Senhora. No processo de conversão à fé evangélica através da Assembléia de Deus, vi o quanto era difícil abandonar a devoção a Nossa Senhora. Mesmo depois de minha conversão a Cristo e de toda a alegria que passou a dominar o meu ser, estava disposto a continuar com minha devoção a Maria sem que o pastor soubesse. Certo dia, enquanto trabalhava a sós numa sala da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica), cantava um hino de Nossa Senhora quando o colega de trabalho que me envagelizara, Luis Claúdio, entrou. Perguntou-me que hino era aquele e respondi-lhe com raiva (com raiva por ter sido pego) que aquele não era hino de crente. Foi então quando disse algo que resolveu toda a situação: “E eu pensando que você estivesse liberto”. Respondi-lhe ainda com raiva: “Estou liberto sim”, e nunca mais aquilo aconteceu.

Tenho Maria com um dos grandes exemplos de minha vida espiritual e lamento a atitude de muitos evangélicos, biblicamente desinformados, que, talvez, por causa do que o catolicismo faz com ela, tornam-se hostis para com essa mulher da Bíblia. Ela não tem culpa daqueles que a interperetam erradamente. Podemos apreender com muita gente na Bíblia, nossa fé pode ser enriquecida através de muitos heróis das Escrituras e isso inclui Maria.

Infelizmente, não é possível tratar aqui de questões que são vitais para os católicos e protestantes e que continuam dividir as duas vertentes tais como a posição do catolocismo sobre a justificação pela fé e sobre a autoridade da Bíblia como única regra de fé e pratica para o cristão.

CONVERGÊNCIAS

Nem tudo precisa acabar em conflito entre católicos e evangélicos. Creio que os protestantes não tem qualquer probema em confessar, junto com o catolicismo, os primeiros Credos da Igreja como, por exemplo, o Credo de Atanásio ou a doutrina da Trindade.

A posição do catolicismo sobre o aborto serve de grande apoio para os evangélicos que também defendem a vida e creem na sua sacralidade. É admirável como as autoridades católicas tem resistido, ao longo dos anos, às pressões para cederem ao clamor da decadência moral que predomina em boa parte do mundo.

O mesmo pode ser dito em relação a homossexualidade. Não é possível mudar a Palavra de Deus para adapta-la aos padrões hedonistas e utilitaristas da sociedade atual. O lobby do movimento gay pode dar certo no congresso nacional, no Senado, nos tribunais, na organização Mundial de Saúde ou na ONU. Entretanto, o movimento gay nunca fará com que Deus mude a sua posição daquilo que ele considera pecado para uma prática aceitável diante dos seus olhos. Nisso, católicos e protestantes podem se unir a fim de preservar o modelo bíblico da família.

Bibliografia

ARAÚJO, Isael. Dicionário do movimento pentecostal. Rio de Janeiro. CPAD – (Casa Publicadora das Assembléias de Deus). 2007.

MARIANO, Ricardo, Sociologia do crescimento pentecostal no Brasil. Tese de Doutorado em sociologia apresentada ao Programa de Pós-Graduação do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, 2001.

LIGÓRIO, S. Afonso. Glórias de Maria. Aparecida, SP. Editora Santuário. 2005.

MENDONÇA. Antônio Gouvêa e VELASQUES FILHO, Prócoro. Introdução ao protestantismo no Brasil. São Paulo: Loyola, 1990.

ORO, Ari Pedro. Avanço Pentecostal e Reação Católica. Petrópolis: Vozes, 1996.

ORO, Ivo Pedro. O fenômeno religioso: como entender. São Paulo. Paulinas. 2013.

PASSOS, João Décio & SOARES, Afonso M. L. Francisco: renasce a esperança. São Paulo. Paulinas. 2013.

PRANDI, Reginaldo. Um sopro do Espírito. São Paulo: Edusp/Fapesp, 1997.

[1] Revista Veja, 16 de maio, 1990, p. 46.

[2] Revista Veja, 25 de dezembro de 1991, p. 31-38.

[3] Revista Ultimato, setembro-outubro de 2002, p. 24.

[4] Jornal O Estado de S. Paulo, 7 de maio de 1992, Geral, p. 17.

[5] Jornal O Estado de S. Paulo, 15 de maio de 1995, p. A16.

[6] Ricardo MARIANO, Sociologia do crescimento pentecostal no Brasil. Tese de Doutorado em sociologia apresentada ao Programa de Pós-Graduação do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, 2001.

[7] Jornal Folha de S. Paulo, 16 de julho de 1997, p. 1-13.

[8] Revista Manchete, 26 de outubro de 1996, p. 44.

[9] Jornal Folha de S. Paulo, 26 de julho de 1996, p. 1-10.

[10] Revista Veja, 23 de março de 1988, p. 64.

[11] Revista Isto É Senhor, 3 de julho de 1991, p. 28.

[12] Reginaldo PRANDI, Um sopro do Espírito, p. 125.

[13] Jornal O Globo, 9 de agosto de 1987, p. 30.

[14] Jornal O Estado de S. Paulo, 22 de julho de 1996, p. A 13.

[15] Jornal Folha de S. Paulo, 16 de abril de 1995, p. 1-12

[16] Jornal O Estado de S. Paulo, 27 de agosto de 1992, p. 17.

[17] Revista Veja, 8 de outubro de 2003, p. 102.

[18] Revista Veja, 8 de outubro de 2003, p. 97.

[19] Ari Pedro ORO, op. cit., p. 121.

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4 Comentários

  1. Otimo artigoo, estão de parabens, aprendi muita coisa lendo esse conteudo, Deus lhes abençõem!!!

  2. apesar de ser Pentecostal Assembleiano, sou admirador do site projeto crer…a cada dia aprendo mais.obrigado pelo artigo,Deus abençõe esse projeto do Senhor!

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